Advogado especializado em ações por ruído relata casos em livro e critica Psiu

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30/05/2010-03h37 – Folha de São Paulo (online)

Link da fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/742572-advogado-especializado-em-acoes-por-ruido-relata-casos-em-livro-e-critica-psiu.shtml

por: JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO

Um dos poucos advogados especializados em ações por perturbação sonora, Waldir Arruda critica o pouco rigor da lei do Psiu (Programa de Silêncio Urbano) em São Paulo.

Segundo ele, o Psiu tem área de atuação restrita, pois só autua estabelecimentos comerciais e tem um limite de tolerância ao barulho muito acima do que especificam as normas da ABTN (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que são de abrangência federal. “O Estado e o município não podem colocar um limite acima do que especifica a União”, diz.

Como foi um dos pioneiros a estudar o assunto profundamente, o advogado escreveu um livro sobre doutrina, jurisprudência e legislação acerca de ruídos em edifícios, direito de vizinhança, responsabilidade dos construtores e indenizações.

Perturbações Sonoras nas Edificações Urbanas” já está em sua 3ª edição e tem um capítulo reunindo casos curiosos em que a Justiça deu ganho de causa ao reclamante.

Um deles, relata a ação movida por Americo Fernando Rodrigues Breta e Norival Mello, que compraram duas coberturas da Panamby Indústria e Comércio de Empreendimentos, mas não conseguiam dormir por causa do barulho da casa de máquinas. A incorporadora foi condenada a realizar as obras para correção do problema e ainda teve de pagar uma indenização por danos morais no valor de 200 salários mínimos (o equivalente a R$ 102 mil nos dias de hoje).

Há também ações ganhas contra ensaios de escolas de samba, aglomeração de pessoas em lojas de conveniência, heliporto, latido de cão, manutenção “de ave cujo canto é irritante” em apartamento (uma araponga, cujo canto lembra o som de um martelo de ferreiro) e até contra uma empresa de transporte coletivo municipal de Curitiba que perturbava a vizinhança com uma linha de ônibus que circulava em horário indevido.

 

Morador paga até perícia para se livrar de barulho

Link da fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff3005201001.htm

Contribuintes pagam cerca de R$ 2.000 por laudos para processar barulhentos

 

Insatisfeitos com o atendimento do Psiu, moradores tentam acabar com ruído por meio de ações judiciais

por JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO

Frase
“Às vezes, uma janela antirruído resolve grande parte do problema, mas cada uma custa entre R$ 2.000 e R$ 5.000. Infelizmente, o silêncio tem preço”
HAMILTON TAMBELINI
engenheiro da empresa Ruído Menor

“Eu posso fazer barulho até as 22h!”, respondeu o pastor da Igreja Mundial do Poder Deus, na Vila Santa Catarina, quando sua vizinha, a artista plástica Claudinéia Ferreira Martins, adentrou o culto dominical aos berros para reclamar da altura dos louvores de seus fiéis.
Foi a gota d”água para que ela tomasse uma atitude drástica e cara.
Cansada de ligar para o Psiu (Programa de Silêncio Urbano) e não ser atendida, resolveu contratar um perito judicial para emitir um laudo técnico que comprovasse que a igreja cometia abuso.
O perito José Gonzalez foi à sua casa em dois domingos e comprovou que a igreja estava fora da lei.
Antes das 9h, os cânticos atingiam 54 decibéis (dB) -o som de uma TV- dentro do quarto, ambiente em que os ruídos não devem ultrapassar os 45dB, segundo norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Do lado de fora, o barulho era ainda maior e, pelos dados coletados pelo perito, ultrapassavam até o limite permitido durante o dia.
Insatisfeitos com o atendimento do Psiu, cada vez mais moradores apelam para ações na Justiça comum contra vizinhos barulhentos.
Para isso, muitos recorrem a profissionais especializados em atestar o abuso.
São engenheiros e arquitetos que passam madrugadas inteiras nas casas dos reclamantes para emitir laudos de emissão sonora que custam, em média, R$ 2.000.
E esse é só o começo de um processo muitas vezes lento, desgastante e caro.
Os moradores do condomínio Rio Branco, na avenida de mesmo nome, também investiram em um laudo contra uma casa noturna.
“Ligamos para o Psiu diversas vezes. Eles diziam que viriam ao apartamento fazer a medição, mas não vieram.
Resolvemos agir”, diz a síndica Jacira Costa Silva.
PROBLEMA SEU
O laudo, no entanto, não resolve tudo. A pedido da Folha, o perito José Gonzalez foi ao apartamento da coordenadora de suporte Anna Gadelha, na praça Benedito Calixto, de frente para a casa noturna Open Bar.
Segundo Anna, ela e seus vizinhos já fizeram inúmeras reclamações junto ao Psiu por causa da música alta. “A janela chega a vibrar”, diz.
Porém, o perito atestou que, apesar do barulho, a casa está dentro da lei, pois o ruído do trânsito daquela área se sobrepõe à música. “Não dá para precisar a origem do ruído”, diz Gonzalez.
Nesses casos, os especialistas oferecem, em vez do laudo, outro serviço: o projeto de adequação acústica.
O engenheiro Hamilton Tambelini, da empresa Ruído Menor, diz que, em geral, os clientes querem pular essa parte. “Já fiz projeto de R$ 150 mil, incluindo materiais e laudo. Às vezes, uma janela antirruído resolve grande parte do problema, mas cada uma custa entre R$ 2.000 e R$ 5.000. Infelizmente, o silêncio tem preço.”
Conheça casos curiosos de ações por barulho
folha.com.br/ct742572

 

Insatisfeitos com Psiu, moradores pagam perícia para acabar com barulho

Colaboração para a Folha

Cada vez mais moradores apelam para ações na Justiça comum contra vizinhos barulhentos, por insatisfação com o atendimento do Psiu (Programa de Silenciamento Urbano). Muitos deles recorrem a profissionais especializados em atestar o abuso, como mostra a reportagem de James Cimino, publicada neste domingo pela Folha.

Segundo na reportagem, engenheiros e arquitetos passam madrugadas inteiras nas casas dos reclamantes para emitir laudos de emissão sonora que custam R$ 2.000 em média. Mas esse é apenas o começo de um processo lento e caro.

A coordenadora de suporte Anna Gadelha mora em frente à casa noturna Open Bar, na praça Benedito Calixto, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Ela e seus vizinhos já fizeram inúmeras reclamações junto ao Psiu por causa da música alta.

Porém, o perito atestou que, apesar do barulho, a casa está dentro da lei, pois o ruído do trânsito da região sobrepõe-se à música e não é possível precisar a origem do ruído.

Nesses casos, os especialistas oferecem um projeto de adequação acústica, mas de acordo com o engenheiro Hamilton Tambelini, da empresa Ruído Menor, na maioria dos casos os clientes querem pular essa parte, por causa do alto preço.

Leia a íntegra desta reportagem na edição da Folha deste domingo, que já está nas bancas.

 

Laudo não é única prova contra ruído excessivo

Link da fonte:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff3005201003.htm

Para juiz, testemunhas podem ajudar na ação
DE SÃO PAULO

O laudo pericial não é a única prova necessária para embasar juridicamente uma ação por ruído excessivo.
Para o juiz Paulo Scartezzini, da 4ª Vara Cível do Fórum Regional de Pinheiros, a existência de testemunhas também é um fator importante no decorrer do processo.
“Na hora de coletar provas, é bom que haja testemunhas. Se o reclamante gravar imagens, mesmo com o telefone celular, também ajuda. Em geral, se tem o laudo e testemunhas, eu já aceito a ação como válida”, diz o juiz.
Embora reconheça o laudo como peça importante do processo, Scartezzini afirma que o documento não é incontestável.
“Se houver suspeita de fraude no laudo, a Justiça chama um perito e pede para que ele seja refeito. Mas, sem dúvida, o laudo particular de um perito reconhecido é uma prova totalmente legítima.”
O juiz informa ainda que, caso fique comprovada a impossibilidade financeira do reclamante, a Justiça chama um perito, durante o processo, para que faça a perícia gratuitamente.
NOVO LAUDO
Não é apenas o reclamante que precisa de um laudo pericial. Quando o Psiu comprova, após denúncia, que os ruídos emitidos por uma casa noturna, por exemplo, estão acima do permitido pela lei, pede que a casa faça uma readequação sonora.
Após a execução da obra, a casa tem que contratar um perito para que ele emita um laudo demonstrando que está dentro da lei.
Este é o caso do Santuário Bar, na Vila Prudente, que após reclamação de vizinhos, contratou o engenheiro Ivan Dizioli para resolver o problema. Na noite de sexta-feira, foi feita a medição e constatada a regularidade.
O juiz Scartezzini diz que, na maioria das ações, o estabelecimento comercial acaba solucionando o problema. “Só há sentença condenatória se houver abuso.”

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7 respostas para Advogado especializado em ações por ruído relata casos em livro e critica Psiu

  1. ALTAIR disse:

    PEÇO ESTOU COM GRAVE PROBLEMA, VAMOS PELO COMEÇO.
    A 8 ANOS DECIDI CONSTRUIR UMA CASA AO LADO DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS NO JARDIM ESMERALDA ONDE EU CONGREGAVA,
    MAS ANTES DISSO PROCUREI A SEDE NO CENTRO CÍVICO E FALEI COM O PASTOR PIMENTEL EM 2009 PARA EU CONSTRUIR NA DIVISA,
    COMO EU MUREI TODO O TERRENO, E IGREJA NÃO ESTAVA EM CONDIÇÕES DE FAZER A METADE DAI FIZ TODO MURO SOZINHO,
    SÓ QUE NAQUELA ÉPOCA 2009, O PASTOR PIMENTEL PEDIU PARA EU FAZER UMA PAREDE GROSSA DE UM TIJOLO INTEIRO 25 A 30 CM PARA EU TER PROBLEMA COM O BARULHO.
    SÓ QUE FIZ UMA PAREDE DE 40 CM DE LARGURA, QUANDO A IGREJA RESOLVESSE UM DIA CONSTRUIR ELE TERIAM QUE FAZER O MESMO,
    SÓ QUE NÃO FIZERAM CONSTRUÍRAM SÓ DE MEIO TIJOLO COM UMA SERIA 10 CM DAI TUDO BEM DEIXEI ASSIM MESMO,
    MAS O PIOR VENHA AGORA ELES RESOLVERAM CONSTRUIR NOVAMENTE ENCOSTADO COM MINHA CASA, EU PERGUNTEI AOS PEDREIRO QUE SÃO IRMÃOS DA IGREJA, ELES FALARAM,
    IA SER CONSTRUÍDO UMA CANTINA PARA QUANDO TIVER ALGUM TRABALHO NA IGREJA PARA OS MEMBROS DE OUTRO BAIRROS E OS DOMINGO SERIA PARA O JOVENS NA ESCOLA DOMINICAL,
    SÓ QUE NÃO ACONTECEU NADA DISSO, RESOLVER MONTAR UMA SERRALHARIA NESSE BARRACÃO ENCOSTADO NA MINHA PAREDE, NÃO ME DERAM NENHUMA SATISFAÇÃO,
    O BARULHO É ISUPORTAVEL TIREI MINHA FAMÍLIA DA IGREJA QUANDO MEUS FILHOS QUE IAM SE BATIZAR ESSE ANO,
    EU COMO TENHO VARIAS ARVORES DE FRUTA NO EMU QUINTAL E PLANTO VERDURAS PARA O CONSUMO TENHO PERDIDO TUDO COM SERRAÇÃO DE TINTA QUE CAI NO MEU TERRENO,
    E O BARULHO ISUPORTAVEL DE BATIDA DE FERRO O DIA TODO, JÁ ESTOU COM UMA GRANDE DEPRESSÃO, QUASE QUE FIZ UMA BOBAGEM SEMANA PASSADA,

    O CASEIRO JÁ ME FALOU QUE TAMBÉM NÃO SUPORTA O BARULHO SÓ QUE NÃO PODE FAZER NADA, SE RECLAMAR VÃO TIRAR ELE DO PATIO DA IGREJA.

    VEJA O QUE PODE FAZER POR MIM AGRADEÇO

  2. Eunice disse:

    Bom dia, olha o horário que estou mandando esta mensagem, pois não consigo dormi pois um pertubado do meu vizinho não deixa , está com o som numa altura que está atrapalhando TDs a dormi, mas por ele se achar o dono da rua TDs aqui tem medo dele e de falar alguma coisa, só que não está dando mais , hoje é quarta feira, 01:55 hrs da madrugada , gostaria de saber o que fazer fazer boletim não resolve , ele se acha , só pq tem uma mãe que diz ser advogada , não suporto mais
    Obrigada

  3. Marcelo disse:

    boa noite tenho meu vizinho tem um cachorro extremamente barulhento tentei comversar mais acabou em discursao ele fez um boletim de acorrencia e um corpo de delito alegando que eu avia agredido ele no dia da audiencia o adevogado disse que eu nao poderia falar nada nao entendi o porque mais tudo bem o juiz me deu a pena de serviço comunitario cumpri com o que me foi dito no final da aldiencia o juiz perguntou se o encomodo avia parado eu disse que nao .ai o juiz falou sobre a lei com meu adevogado e disse que o dono do cachorro seria adivertido mais nao sei se isso realmente aconteceu porque o barulho no dia seguinte da aldiencia continuou.gostaria de saber o que fazer nesse caso.desde ja agradeço ATT Marcelo

    • Waldir de Arruda Miranda Carneiro disse:

      Difícil analisar um caso concreto sem os autos em mãos, mas posso dizer que a perturbação ruidosa por latidos encontra previsão no art. 42 da Lei das Contravenções Penais e ainda é sujeita à aplicação do art. 1.277 do CC. Boa sorte!

  4. Everton disse:

    sino da igreja ta insuportável falei com quem trabalha na igreja deram rizada da minha cara dizendo que a prefeitura autorizou, falei com detetive da policia ele disse que e normal
    quero sabe se existe lei pra sino e que devo faze pra que pare esse inferno sonoro

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