A sujeira sonora que machuca os ouvidos e o planeta

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Barulho nos grandes centros agride Meio Ambiente e bem-estar

POR JOÃO RICARDO GONÇALVES

Fonte (original): http://odia.ig.com.br/portal/cienciaesaude/vidaemeioambiente/html/2011/12/a_sujeira_sonora_que_machuca_os_ouvidos_e_o_planeta_210270.html03.12.11 às 23h01 (O Dia On Line)

Rio – Por mais que machuque a sensibilidade de alguns, a expressão popular “meu ouvido não é penico” tem lá seu fundo científico. A chamada ‘paisagem sonora’ de um lugar também é considerada parte integrante do Meio Ambiente, e os altos índices de ruídos nos grandes centros urbanos interferem na qualidade de vida e na saúde.
No Rio, eram sobre barulho cerca de 60% das queixas que chegavam à Secretaria Municipal de Meio Ambiente — antes que o sistema de reclamações passasse a ser compartilhado com outros órgãos da prefeitura. Desde março, todas as queixas para secretarias da prefeitura são recebidas através do telefone 1746. De lá até outubro, foram 3.219 reclamações sobre barulho excessivo.
Depois de recebê-las, o órgão agenda a vistoria de técnicos que medem a barulheira, quando ela é emitida por estabelecimentos com alvará. O autor recebe uma advertência e depois pode ter que pagar até 3 multas de R$ 200 a R$ 2 mil. Posteriormente, o caso é encaminhado a outros órgãos municipais que analisam a concessão de alvará.
No Rio, os limites sonoros variam em cada bairro, e às vezes em cada rua, de acordo com a atividade prevista para os loteamentos. Em geral, à noite, são permitidos 50 a 55 decibéis e, de dia, até cerca de 70 decibéis.
Questão de saúde pública
Representantes do Ibama consideram a poluição sonora questão de saúde pública, já que a exposição prolongada a alguns ruídos compromete a audição e causa uma série de males, como dores de cabeça e estresse, entre outros. Por isso, existe a discussão sobre se a poluição sonora deve ser tipificada como crime passível de prisão.
O crescimento das cidades para áreas antes não habitadas também preocupa os pesquisadores, e um dos motivos é justamente a poluição sonora. Segundo estudo da Universidade do Estado do Colorado (EUA) e do Serviço de Parques dos EUA, sons produzido por veículos, extração de petróleo e campos de gás, além da expansão urbana, interferem na forma como os animais se comunicam entre si e caçam suas presas.
Onde mora o barulho no Rio
LOCAIS MAIS RUIDOSOS
Entre março e outubro, Centro e Zona Sul foram as regiões da cidade que registraram mais reclamações sobre barulho. Foram 1.255 queixas. Em seguida veio a Zona Norte, com 1.048. Na região da Zona Oeste que engloba Barra, Recreio, Jacarepaguá, Vargem Grande e Pequena foram 537 queixas. No resto da Zona Oeste, mais 379.
ATIVIDADE BARULHENTA
Foram estas as atividades que renderam mais queixas no Rio, entre janeiro e março deste ano: Bares/restaurantes/casas de festas/ boates (41%); cultos religiosos ( 9%); atividades industriais/pequenas atividades, como oficinas mecânicas (11%); Clubes e academias de musculação ( 7%); sinaleiras (12%).
COMO RECLAMAR
Quem mora no município do Rio de Janeiro e deseja fazer reclamações sobre excesso de barulho perto de sua casa ou trabalho deve ligar para o número 1746, na central de teleatendimento da Prefeitura da cidade. O serviço informa que tipos de atividades são fiscalizadas pela administração municipal e quais são de competência de outros órgãos

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